A forma é um dos elementos essenciais da comunicação visual, influenciando diretamente como interpretamos e reagimos aos estímulos ao nosso redor. Seja no design gráfico, na sinalização, nos produtos ou até mesmo na arquitetura, os formatos impactam nossa percepção emocional, comportamental e cognitiva. Isso acontece porque os seres humanos processam formas de maneira intuitiva e associam significados a elas com base em experiências culturais e biológicas, tornando esse elemento um recurso estratégico para transmitir mensagens específicas e impactantes.
As formas circulares, por exemplo, transmitem suavidade, continuidade e acolhimento, evocando sensações de segurança e integração. Elas são muito utilizadas em logotipos de marcas que querem parecer amigáveis e acessíveis, além de estarem presentes em designs de produtos que buscam reforçar empatia e conexão. Já as formas quadradas e retangulares comunicam estabilidade, equilíbrio e organização, sendo amplamente empregadas em layouts corporativos, sinalizações institucionais e projetos que exigem clareza e confiança. Os triângulos, por sua vez, carregam um senso de dinamismo e direção. Dependendo da posição, podem representar crescimento, quando apontam para cima, ou instabilidade, quando estão invertidos, sendo comuns em designs inovadores e elementos visuais que precisam chamar atenção.
Nas aplicações práticas da comunicação visual, as formas desempenham um papel crucial. Na sinalização de segurança e sinalética, por exemplo, seu uso é padronizado para garantir compreensão imediata: círculos indicam obrigatoriedade, triângulos alertam sobre perigos e quadrados fornecem informações adicionais. Esse princípio está alinhado com a NR-26, que regulamenta símbolos de segurança no Brasil. No design de marcas e embalagens, as formas ajudam a expressar valores e personalidade. Uma empresa que deseja transmitir inovação pode adotar elementos angulares e assimétricos, enquanto uma marca focada em conforto e acolhimento tende a utilizar formas arredondadas para criar uma identidade mais amigável. Já na acessibilidade, as formas são fundamentais para garantir inclusão e navegação intuitiva. Normas como a NBR 9050 definem padrões para pisos táteis e placas em braille, priorizando formatos que otimizem a experiência de pessoas com deficiência visual.
Além disso, a forma não atua sozinha na comunicação visual. Quando combinada com cores, ela potencializa significados e gera impactos mais diretos. Um triângulo amarelo, por exemplo, tem um efeito de alerta e atenção, enquanto um triângulo verde sugere segurança e positividade. Esse tipo de relação destaca a importância de pensar no design como um todo, considerando a interação entre diferentes elementos para criar mensagens mais eficazes.
Compreender a psicologia das formas permite transformar projetos visuais em experiências marcantes e funcionais. Seja na criação de sinalizações, na identidade de marcas ou no desenvolvimento de ambientes acessíveis, o design inteligente e harmonioso fortalece a comunicação e melhora a conexão com o público. Ao utilizar formatos estrategicamente, é possível transmitir mensagens mais claras, impactantes e memoráveis.