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acessibilidade para hoteís

Entenda quais são as regras de acessibilidade para hotéis

As leis de acessibilidade para hotéis, pousadas e edificações, reforçam desde 2015 a obrigatoriedade de projetar espaços que atendam pessoas com deficiências física, visual, auditiva, dentre outras.

A versão que está em vigor desde 2015 da NBR 9050 Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13. 146/15) pontua que todos os espaços de hospedagem obrigatoriamente devem ser projetados com desenho universal e que incluam as necessidades dos deficientes sem distinção. Não predomina mais a regra de apenas (10%) da edificação atender a estrutura em banheiros e quartos.

A revisão da NBR 9050 e o reforço da lei de acessibilidade para hotéis foi fundamental para que as empresas enxergassem suas edificações como espaços públicos e acessíveis a todos, que percorrem não só pelos banheiros, quartos, mas por toda a estrutura.

Existem vários tipos de deficiências que interferem diretamente na locomoção e comunicação dos hospedes. Essa necessidade vai muito além da instalação de barras em banheiros específicos, mas sinalizações em braile para deficientes visuais, por exemplo, piso tátil e estruturas que unificam design e alta funcionalidade.

Confira: Importância da sinalização de segurança para obras-entenda

Acessibilidade muito além do óbvio

Para elaborar um projeto de acessibilidade para hotéis, é preciso contar com arquitetos e engenheiros que já possuem prática e treinamento em elaborar esse tipo de estrutura.

O engenheiro, Ralph Cheezi, da empresa Bump, é responsável por implantar projetos de sinalização e acessibilidade para pessoas com deficiência visual. De acordo com o engenheiro o ideal é que o trabalho seja realizado em parceria com arquitetos e designers, respeitando a identidade do edifício.

“Existem exigências da NBR 9050, como também sugestões em tecnologia e acessibilidade para hotéis que podem ser implantadas no projeto”, pontua.

A seguir confira alguns exemplos de sinalização para deficientes visuais:

Piso tátil;

Placas em Braile projetadas em pontos estratégicos (hall do prédio);

Sinalização visual em braile para banheiros;

Mapa estratégico em braile;

Sinalização em elevadores;

Cardápio em braile e anuncio em áudio nos elevadores são mais exemplos em estratégias que ganham espaço nas edificações que se preocupam com a acessibilidade.

 Ampliando o público

piso tátil

A preocupação ao acrescentar a acessibilidade nos projetos é de que será um investimento sem retorno, além da questão de interferir no designer e arquitetura do empreendimento.

O engenheiro ressalta que é possível desenvolver estruturas estratégicas para hotéis e edifícios que atendam as necessidades do público com deficiência sem tornar o espaço com aparência de hospital.

“Nesse caso contamos com a expertise da parte técnica em acessibilidade, como também a criatividade por parte do designer e arquiteto. Hoje já possuímos uma variedade de materiais que atendem diferentes identidades visuais e arquitetônicas”, argumenta.

Pensar em acessibilidade, além da preocupação social, é uma maneira de ampliar o público e com isso ganhar também em lucro e rentabilidade. “Pessoas com deficiência física busca informação e os melhores locais para sua hospedagem, através de sites de sua confiança, indicação de amigos e até aplicativos”, acrescenta Chezzi.

Segundo o engenheiro o que fará diferença será as estratégias em divulgação que o empreendimento utilizará para atrair esse público e ter o retorno do investimento. “Além da estrutura, é preciso ter uma equipe de atendimento treinada para de fato auxiliar as pessoas com dificuldade de locomoção”, completa.

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