A acessibilidade é um direito garantido por lei e um compromisso que todas as empresas e instituições devem assumir. Recursos como placas em braille e pisos táteis não são apenas itens obrigatórios, mas ferramentas fundamentais para promover autonomia e segurança às pessoas com deficiência visual.
Entretanto, muitos ambientes ainda cometem falhas na instalação desses elementos, comprometendo sua função e, em alguns casos, colocando em risco a integridade dos usuários. Conheça os erros mais comuns e saiba como evitá-los.
1. Instalação de placas em braille em locais inadequados
Um dos equívocos mais recorrentes é a colocação das placas diretamente nas portas. A principal norma de acessibilidade do Brasil, determina que elas devem ser fixadas no batente ou em paredes próximas, altura ideal para o alcance das mãos.
Quando instaladas de forma errada, as placas perdem sua função e dificultam a leitura, além de gerar confusão para quem depende delas.
2. Uso de materiais inadequados
Outro erro comum está relacionado à escolha do material. Placas mal produzidas, com baixo relevo ou em superfícies que desgastam facilmente, tornam a leitura tátil praticamente impossível. É essencial que sejam confeccionadas em materiais resistentes, como aço inox, alumínio ou acrílico de alta durabilidade, sempre respeitando as especificações técnicas.
3. Piso tátil mal posicionado
O piso tátil deve guiar o percurso de forma lógica, contínua e livre de obstáculos. Muitas vezes, no entanto, ele é interrompido por mobiliário urbano (lixeiras, postes, bancos) ou instalado sem conexão com áreas-chave, como entradas, elevadores ou recepções. Esses erros não apenas atrapalham, mas podem desorientar o usuário.
Além disso, é comum encontrar pisos táteis de alerta posicionados sem necessidade, ou em locais errados, como no meio de corredores sem obstáculos. Isso confunde e prejudica a mobilidade.
4. Mistura de padrões e cores
Um detalhe que passa despercebido em muitos projetos é a falta de contraste entre o piso tátil e o restante do revestimento. A norma exige contraste cromático para que pessoas com baixa visão consigam identificar o caminho. Usar cores semelhantes ou padrões diferentes em um mesmo trajeto causa desorientação e compromete a acessibilidade.
5. Falta de integração entre piso tátil, placas e mapas táteis
Um projeto acessível precisa ser pensado como um sistema integrado. Piso direcional, piso de alerta, placas em braille e até mesmo mapas táteis devem estar alinhados entre si, formando um percurso coerente. A ausência dessa integração é um dos erros mais graves, pois impede que a pessoa consiga se orientar de forma autônoma.
6. Instalação sem mão de obra especializada
Por fim, um dos grandes problemas está na execução. Muitas empresas optam por instalar os itens de acessibilidade sem apoio de profissionais capacitados, resultando em erros de altura, dimensionamento e posicionamento. Isso, além de comprometer a eficácia da sinalização, pode gerar penalidades legais, já que o não cumprimento das normas está sujeito a sanções.
Como evitar esses erros?
A solução passa por planejamento e execução qualificada. Todo projeto de comunicação visual acessível deve: seguir rigorosamente a normas; utilizar materiais certificados e resistentes; ser desenvolvido por empresas especializadas, que compreendem as necessidades reais das pessoas com deficiência visual; priorizar a integração entre todos os recursos de sinalização.