A sinalização de incêndio é um elemento essencial para a segurança de qualquer espaço, pois orienta sobre rotas de fuga, localização de equipamentos de combate e pontos de encontro. Contudo, erros na instalação podem comprometer sua eficácia e colocar vidas em risco. Conhecer esses equívocos e saber como preveni-los é fundamental para garantir um sistema funcional e eficiente.
1. Posicionamento inadequado das placas
Um dos erros mais frequentes é instalar a sinalização em locais de difícil visualização ou obstruídos por móveis, portas e outros objetos. Placas que indicam saídas de emergência, por exemplo, precisam estar sempre visíveis, mesmo em ambientes lotados.
Como evitar: antes da instalação, realize um mapeamento visual do ambiente, considerando ângulos de visão, altura média das pessoas e possíveis obstáculos. Prefira instalar as placas acima de 1,80 m do piso, garantindo ampla visibilidade.
2. Uso de materiais de baixa qualidade
Placas confeccionadas com materiais frágeis, que desbotam ou deformam com facilidade, comprometem a leitura das informações. Isso é especialmente crítico em situações de emergência, quando a visibilidade pode estar reduzida por fumaça ou falta de luz.
Como evitar: opte por materiais resistentes à umidade, calor e impacto, com impressão de alta durabilidade e cores de alto contraste. O uso de pigmentos fotoluminescentes é altamente recomendado para visibilidade em caso de queda de energia.
3. Falta de padronização visual
Misturar diferentes tamanhos, cores e tipografias pode gerar confusão e dificultar a identificação das mensagens, especialmente em ambientes com grande circulação de pessoas.
Como evitar: mantenha um padrão visual coerente em todo o projeto. Isso facilita o reconhecimento rápido e intuitivo da sinalização, reduzindo o tempo de reação em emergências.
4. Instalação em altura incorreta
Instalar placas muito altas ou muito baixas reduz a eficácia da comunicação visual. Em caso de fumaça, por exemplo, sinalizações posicionadas apenas no alto podem ficar invisíveis.
Como evitar: combine sinalizações aéreas (altas) com sinalizações próximas ao campo de visão de quem circula pelo ambiente e até mesmo no piso, garantindo orientação mesmo em condições de visibilidade reduzida.
5. Falta de manutenção e atualização
Com o tempo, placas podem se desgastar, perder a cor ou serem deslocadas durante reformas. Em muitos casos, mudanças na disposição dos ambientes tornam a sinalização desatualizada.
Como evitar: implemente um plano de inspeção periódica para verificar integridade, limpeza e atualização de todas as placas. Inclua esse processo no checklist de manutenção predial.
6. Ignorar pontos estratégicos
É comum instalar sinalização apenas em entradas e saídas, esquecendo de locais intermediários, mudanças de direção e áreas de equipamentos como extintores e hidrantes.
Como evitar: desenvolva um projeto de comunicação visual completo, que contemple toda a jornada de evacuação. Inclua placas em cada ponto de decisão, curvas e bifurcações, e sinalize todos os equipamentos de combate.
A instalação correta da sinalização de incêndio exige atenção a detalhes técnicos e ao comportamento humano em situações de risco. Um projeto bem planejado, com materiais adequados e manutenção constante, garante que as informações sejam transmitidas de forma rápida e clara, protegendo vidas e preservando o patrimônio.